terça-feira, 20 de novembro de 2012





Consciência Negra


Sou a alma que ontem nasceu no mundo.
Sou filha da África,
Dos olhos de pérolas,
Do sorriso de marfim,
Dos sons dos atabaques em noite de luar,
Da roda de capoeira,
Do jongo ao maculelê.

Sou da raça que irradia perfume de alegria.
Sou semente da história humana,
De vida apesar de tanta dor.

Dos canaviais e senzalas,
Das mãos calejadas, exploradas e injustiçadas.

Podem tirar a minha vida,
Menos o direito de sonhar,
De ter esperança...
De lutar por dignidade e respeito,
Nem que seja em grito mudo,
Clamando por igualdade e justiça,
E de acreditar num amanhã melhor.


Para refletir!



Quantas Marias vemos todos os dias em nossas escolas?

Relato Reflexivo



Esta atividade encerra o módulo 4 do curso. Neste espaço elaboramos em relato reflexivo sobre todo o processo pelo qual passamos neste curso, as possíveis contribuições para o nosso trabalho. Uma reflexão sobre como foi produzir textos para o contexto digital e compor um Blog.



No decorrer deste curso pude aprender mais com as boas informações sobre práticas de leitura, sobre como usar a habilidade de escrever, de ser crítico e de expor nossas opiniões. Aprendi um pouco mais sobre a era digital  e que é imprescindível acompanhar os avanços tecnológicos. Temos acesso a tantas informações e uma leitura crítica é extremamente importante, pois temos que ter nossas opiniões para podermos compartilhar com outras pessoas e assimilar conhecimentos.
A construção do blog foi muito instrutivo. Foi a minha primeira experiência nesta ferramenta da internet e senti muita satisfação em postar nele todas as atividades desenvolvidas individual ou coletivamente programadas pelo curso. A tecnologia está totalmente ligada ao mundo globalizado e não há  dúvidas que nos conectamos neste mundo de possibilidades e informações.
Refletindo sobre todo processo percorrido no curso de Práticas de leitura e Escrita na Contemporaneidade, percebi que não basta ficar restrita aos nossos conhecimentos e mesmas práticas pedagógicas. Ele me mostrou outro olhar sobre a leitura e a escrita e isso fez com que passe a refletir, questionar, argumentar e concluir para que a produção de nossos textos agucem o prazer da leitura.
Minha gratidão a todos os colegas, ao meu grupo e a nossa tutora Ana Rosária que contribuíram neste processo. Foi muito bom conhecer profissionais interessados em aprender para melhorar suas aulas.
Na minha opinião o blog deve permanecer para que possamos enriquecê-lo com nossas novas aprendizagens e experiências.                   

Margarete                                                                                                                                                 



Para mim este curso foi muito importante. Práticas de Leitura e escrita na contemporaneidade foi um curso que ampliou minha visão a respeito da escrita e das diversas esferas da nossa Língua Portuguesa. Além disso, me fez perceber o quão importante é saber relacionar esses conteúdos aos contextos digitais, que hoje, fazem parte do nosso dia a dia.
A construção do Blog foi um desafio para todas nós, do grupo 5, pois apesar de saber lidar um pouco com essa ferramenta, nossas dificuladades foram sanadas através de um grupo sólido, que se ajudou em todos os momentos.
O Blog me fez perceber o quanto essa esfera é importante, tanto para nós, professoras, quanto para nossos alunos, já podemos levar essa ideia para a Sala de Aula e aprimorar os conhecimentos dos alunos através de uma ferramenta que faz parte do cotidiano deles e desta forma, tornamos a aula mais dinâmica e participativa.
Concluo agradecendo a todas as colegas que fiz neste curso, bem como à Tutora Ana, pela compreensão e estímulo.
Abraços e muitíssimo obrigada!                                           

Carina 




Para mim o curso foi um grande aprendizado, os momentos de interação com minhas colegas no fórum, foram muito importantes.Tive a oportunidade de conhecer um blog e de ver os meus textos publicados nele, claro que agradeço as colegas do grupo 5 que se empenharam muito para que tudo desse certo. Tivemos momentos de dificuldades sim, mas foram superados graças à união do grupo. 
Na minha opinião o blog deve continuar ativo.
Estou feliz por ter conseguido chegar ao final do curso e satisfeita por ter ampliado os meus conhecimentos.
Agradeço a tutora Ana Rosária pelo seu empenho e dedicação.
Abraços.  
                                                                         
Maria de Lurdes



Todos os desafios que passamos, tanto na sala de aula quanto no curso, acho que foram e são superados.
Acho que mesmo não tendo a participação de todos os componentes, o grupo 5 foi unido e todas as dificuldades  foram superadas.
Concordo com  a permanência do blog. Também não sei utiliza-lo muito bem, mas tentarei me aprimorar.
Com relação à tutora Ana, agradeço pelo incentivo, pelo empenho e pela colaboração.
Abços a todas do grupo !!!   
                                        
Marcia Cristina

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Reflexão!

Sou Maria Aparecida, cursista, professora de Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna. Estou na rede estadual há 20 anos e acredito em uma educação de maior qualidade para nossos alunos!
A construção do blog foi uma atividade do curso e nos proporcionou o contato com algo novo.
Foi muito válida a criação do mesmo e gostaria que meu grupo pudesse dar sequência a ele, pois aqui poderemos dar continuidade aos assuntos interessantes e trocar experiências.
Ainda estou apanhando com essa nova ferramenta digital, porém... aprender nunca é demais!
Abraços a todas as meninas do grupo 5, aos demais integrantes do curso e aos visitantes.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Produzindo textos de gêneros de diferentes esferas

No módulo 3 deste curso nossa tarefa foi produzir um texto do gênero Crônica.  Neste gênero, o relato dos fatos se dá em ordem decrescente do que se supõe ser a informação mais importante para o leitor; o uso de linguagem coloquial e literária; narrativa em primeira ou terceira pessoa  e presença de palavras que denotam emoções, sentimentos.  A partir de uma sequência de eventos construimos nossos textos,  conforme segue:


A aposentada do interior               (por: Margarete)
Dona Valentina era uma senhora que desfrutava seus dias numa singela casinha situada numa cidadezinha do interior.
Todos os dias ela saía para fazer sua caminhada matinal na pracinha central, encontrava com as amigas e combinava um joguinho para depois do almoço. Enfim procurava preencher o dia com alguma atividade  porque já gozava da sua aposentadoria.
Naquela manhã, Dona Valentina despertou de um sono que normalmente não acontecia. Tivera um sonho horrível. Abriu os olhos e rapidamente procurou pelo relógio que estava na cabeceira. Percebeu que a hora avançava e que algo estava para acontecer, pois já dispunha de uma intuição.
Saiu da cama apressadamente, abriu a janela que dava para o quintal, foi ao banheiro para fazer sua higiene pessoal. A campainha da porta soou, coisa que dificilmente acontecia, então ela teve um disparo cardíaco. Saiu do banheiro às pressas com os cabelos ainda para pentear. Caminhou até a porta, destrancou a fechadura, tirou o ferrolho. Era cuidadosa com a segurança da casa até porque ela morava sozinha. Quando conseguiu abrir a porta, percebera que não havia nada, muito menos pessoas circulando por aquela rua. Subitamente ela baixou o olhar e viu ali um homem deitado no segundo degrau que alcançava a entrada na casa. Pôs as mãos no pulso daquele homem e percebeu que ali não havia mais vida.
Como era uma mulher muito religiosa, Dona Valentina traçou o sinal da cruz em si mesma e, no mesmo instante, despencou batendo com a cabeça no chão.
Até hoje, naquela cidadezinha, os moradores não sabem ao certo o que provocou tamanha tragédia e o inquérito policial ainda não foi dado por encerrado.


 Triste manhã                               (por: Maria de Lurdes)
Era uma manhã típica de inverno, a neblina tomava conta das ruas estreitas e movimentadas daquele bairro tranquilo e aconchegante, onde todos se conheciam.
Dona Ana abriu os olhos, consultou o relógio de cabeceira da cama e assustou-se ao ver que já havia passado do horário que costumava acordar todos os dias. Levantou-se, foi ao banheiro, fez a higiene pessoal e ao sair ouviu o toque da campainha.
Caminhou até a porta, destrancou a fechadura, abriu e viu um homem caído de bruços na soleira. "Meu Deus" gritou. Olhou e não havia mais ninguém, somente o corpo daquele homem e um galão de água rachado e vazando que o molhava todo. Abaixou-se e conseguiu ver seu rosto. Era o seu Manoel da mercearia, lembrou-se que no dia anterior tinha solicitado que lhe trouxesse um galão de água porque a sua havia acabado.
Tocou-o e sentiu que seu corpo estava frio, muito frio. Foi até o guarda-roupa, pegou um cobertor e colocou sobre suas costas chamando-o "seu Manoel, responda, o senhor está bem"? Sem obter nenhuma resposta, correu até o telefone e discou para o 190, dizendo que precisava de ajuda para socorrer o seu Manoel, que estava caído em frente à sua porta.
Enquanto a polícia não chegava, ficou ali, ao lado do corpo daquele humilde homem que todas as vezes que vinha entregar água em sua casa lhe pedia um cafezinho.
Como dona Ana imaginou, foi constatado óbito e seu corpo encaminhado ao IML para averiguação da causa da morte. No bairro todos lamentavam e comentavam a morte do entregador de água que naquela manhã fria partiu sem tomar o seu costumeiro cafezinho.

UMA FESTA INESQUECÍVEL    (por: Maria Aparecida)


Dia especial, festa de aniversário de meu querido amigo José em seu apartamento.
Tudo correu perfeitamente bem, mas já era hora de ir para meu apartamento dormir, pois já estava tarde.
Parecia que tinha acabado de deitar quando abri os olhos. Consultei o relógio e percebi que já era hora de levantar. Fui até o banheiro, escovei meus dentes, lavei o rosto e de repente ouvi a campainha tocar. Enxuguei às pressas, saí do banheiro correndo para atender a porta. Ao destrancá-la, que susto! Deparei com um homem caído na soleira. Não consegui conter o espanto. Abaixei para ver quem era e entender o que estava acontecendo.
- “Meu Deus!” – Gritei! Era o senhor Antônio, pai do meu querido amigo José.
Corri o olhar em torno e não havia ninguém por ali no corredor. Abaixei ao lado do homem, afinal, estava no segundo ano de medicina e já conhecia bem os primeiros socorros. Toquei o corpo com os dedos e infelizmente notei que estava frio e rígido, não tinha mais o que fazer, estava morto.
Não contive o choro! Pobre amigo João! Que tristeza! Como dar a ele a terrível notícia! Concluí que seria melhor ligar para a central da polícia primeiro, depois pensaria em uma maneira menos dolorosa para dar a notícia.
Foi então o que fiz, peguei o telefone, liguei para o 190, expliquei o que havia acontecido e chamei a esposa do meu querido amigo. Juntos, chamamos João e enfim contamos o acontecido.
Pobre amigo, um dia após sua linda e perfeita festa de aniversário acontece uma tragédia imensa, perde uma pessoa tão amada, e o que era pior, sua mãe também não estava mais ao seu lado. Porém, infelizmente é a vida e esta é a única certeza que todos nós temos a de que um dia a morte chegará. O que ficará marcado é o grande exemplo que seu pai deixou.



Um caso muito suspeito      (por Márcia Cristina)
 
Era uma pequena cidade do interior de São Paulo onde praticamente todos os habitantes se conheciam ou eram da mesma família. Morava lá uma senhora chamada Clotilde que ficara viúva há poucos meses.
Tentando se acostumar com a vida solitária, seguia sempre o mesmo ritual matinal. Levantava-se bem cedo e já colocava a água para fazer o café, enquanto isso fazia a sua higiêne matinal. Terminava de coar o café, tomava uma xícara , ia para o quintal tratar dos passarinhos que seu falecido marido cuidava com muito carinho e ficava lá por mais de uma hora.
Era sempre a mesma rotina, exceto naquela sexta feira, quando já estava no quintal começando tratar do primeiro pássaro. A campainha tocou, estranhou muito, pois as únicas visitas que recebia era sempre de suas cunhadas e no período da tarde.
Foi até a porta da sala que tinha uma janelinha, olhou na direção do portão e não viu ninguém, ficou curiosa e resolveu dar uma olhada lá no portão.
Ao destrancar a porta quase morreu de susto, pois na soleira de sua porta havia um homem caído. A princípio resolveu voltar para dentro de casa, mas ao mesmo tempo lembrou-se da cena que já havia visto com a morte de seu marido e resolveu tocar naquele corpo caído.  Notou que não tinha mais pulso, o corpo estava frio e rígido. Percebeu que ele estava morto.
Correu para o telefone para informar a polícia sobre o ocorrido. A polícia chegou, encaminhou o corpo para o IML e até hoje continuam as investigações.


O Pesadelo Real
 
( Por Carina Maschio de Oliveira Talon)
 

Ronaldo era um homem solitário que morava em um singelo apartamento na Av. Atlântica, região norte de uma cidade litorânea que recebia muitos turistas no verão. Em uma bela noite de céu estrelado, ele decidiu fazer uma caminhada na praia, tudo ocorreu bem e como não tinha muitos amigos voltou para seu apartamento duas horas depois. Deitou na cama e logo adormeceu.

No dia seguinte, como de costume, acordou com o som do despertador tocando, olhou as horas no relógio que ficava na cabeceira da cama e levantou-se para mais um domingo solitário que passaria junto da televisão. Seguiu até o banheiro e enquanto escova os dentes, recordou-se do sonho que tivera tido a noite " Ronaldo corria por uma rua escura quando de repente avistou perto da praia um homem encapuzado que parecia estar assaltando um outro indivíduo que ali estava, como era desastrado e muito medroso, derrubou, sem querer, seu molho de chaves no chão, o que assustou o homem encapuzado. Apavorado, corria pelas ruas da cidade pedindo por socorro, quando escutou o baruho de um tiro".

Ronaldo é tirado de suas lembranças pelo som da campanhia que tocava. Rapidamente, sai correndo para abrir a porta, lá avista um homem caído na soleira de seu apartamento. Assustado, ele toca o corpo e percebe que ali já não havia mais vida, junto ao homem vê um bilhete que dizia: "Agora só nós dois sabemos o que aconteceu na noite passada". Sem saber o que fazer e nervoso com o sonho que havia tido na noite anterior, ele sente seu coração acelerar, suas mãos suarem e seu apartamento rodar, e então, desmaia.

No dia seguinte, Ronaldo acorda no hospital e desesperado começa a gritar, a enfermeira vem e o acalma, ele pergunta à ela o que aconteceu, a mulher informa a que o mesmo foi encontrado desmaiado em seu apartamento, que seu vizinho havia o trazido até o hospital, mas que era para ele ficar tranquilo, pois havia tido apenas uma queda de pressão.

Ao retornar para seu apartamento, Ronaldo, confuso, acreditava ter tido apenas um sonho. Chegou em casa, abriu a porta e observou o apartamento que estava intacto, ninguém na soleira, nem um corpo, nenhuma vitíma, ao sentar no sofá, percebe que alí havia um bilhete que dizia: " Agora só nós dois sabemos o que aconteceu na noite passada".


 

Quem somos

Somos o grupo 5 da turma 51 do curso "Leitura e Escrita em Contexto Digital 2ª edição 2012:


CARINA 
MARCIA CRISTINA
MARGARETE REGINA   
MARIA APARECIDA
MARIA DE LURDES

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Depoimentos de leitura e escrita

 No módulo 2 do curso Leitura e Escrita em contexto digital relatamos nossas experiências com a leitura. Segue abaixo os depoimentos de cada integrante do grupo:

Depoimento da Margarete:

Minha experiência com a leitura se deu muito cedo. Lembro-me que ainda não frequentava a escola. Minha família participava muito de grupos de oração e, com esta prática, aprendi a ler. Lia as orações para as pessoas que frequentavam o grupo. Adorava quando me pediam para ler.
Depois com a entrada na escola vieram os livros didáticos. O primeiro foi a cartilha "Caminho Suave". A escola não tinha uma biblioteca organizada ou muito equipada, mas tinha alguns livros que podíamos pegar para ler.
Quando iniciei a 5ª série, pude ter mais acesso aos livros. Até porque a professora fazia as indicações e, às vezes, tinha que comprar alguns livros. A primeira indicação nesta série foi "A Ilha Perdida", série Vaga Lume. Depois, as estórias de Monteiro Lobato.
Naquela época, admito que não tinha muito gosto pela leitura, porque não gostava das atividades impostas. Gostava de qualquer leitura, menos daquelas que o professor pedia.
Hoje leio tudo que estiver ao meu alcance e faço isto com muito prazer. Concordo que, quanto maior for o tempo dedicado a leitura, o nível vocabular amplia. Viajamos com a história do livro. Conseguimos respostas para muitas situações que nos permeiam. A leitura dá ânimo, acalma, faz sair da rotina mental e enxergar as situações por outras janelas.
Não há idade para despertar para a leitura. A exemplo temos o depoimento de Clair Feliz Regina que, aos 80 anos (véspera da aposentaria), descobriu o prazer pela poesia e uma mudança ocorreu em sua vida.

Depoimento da Maria de Lurdes:

Meu primeiro contato com a leitura foi com a cartilha Caminho Suave, embora não seja um livro literário e sim uma cartilha de alfabetização, me encantava e fazia sonhar. São inesquecíveis as historinhas do P da pata, o C da casa e o Z de zabumba. Gostava muito de repetir as historinhas, lia na escola e em casa, meus irmãos ficavam repetindo comigo.
O primeiro livro que li foi Os Três Porquinhos, não me esqueço do lobo mau, personagem que me acompanhou por um longo tempo como se fosse real. Eu tinha medo que o lobo viesse assoprar a minha casa e ela desmoronasse. 
Com essa experiência ficou claro para mim que a leitura é necessária para todos, mas tem que ser trabalhada para que seja absorvida de forma construtiva.
Hoje, depois de várias experiências, tenho para mim que a leitura faz diferença para aqueles que dedicam parte do seu tempo com leituras diversificadas. Por isso, incentivo meus alunos a lerem e a serem críticos quando fizerem alguma leitura.

Depoimento da Carina:

Acho que fui uma criança privilegiada. Lembro-me como se fosse hoje, morávamos numa casa de madeira de três cômodos nos fundos da casa dos meus avós, meus pais eram pobres e viviam para trabalhar, não me lembro deles lendo um livro e nem mesmo nos contando um história ( a mim e a minha irmã, três anos mais nova), tempos difíceis... Na frente da minha casa, morava uma família que tinha uma vida boa...rs, eram três irmãs: Graziela, Patrícia e Juliana, a mais nova era minha melhor amiga, tínhamos a mesma idade e estudávamos na mesma sala. Minha experiência de Leitura partiu dessa amizade, a irmã dela, Patrícia, reunia todas as crianças da rua em frente a casa dela (eram muitas crianças naquela rua!) e dia sim, dia não, contava-nos muitas e muitas histórias... ficávamos horas lá, e ela dramatizava e lia, lia... chapeuzinho vermelho, cinderela etc, muitas eram as histórias que ela contava e com certeza ficaram para sempre guardadas dentro de mim e foram essas histórias que me fizeram amar tanto a Leitura!


Depoimento da Maria Aparecida:

Falando um pouquinho mais sobre o assunto, considero que leitura e escrita são palavras que dizem tudo, pois o que seria da humanidade sem elas?!
Por mais simples que pareça a leitura escolhida, o importante é estar em contato com ela. Já a escrita tem uma longa história e proporciona uma forma de comunicação também.
Não recordo como foi meu primeiro contato com as duas, só sei que sempre fizeram parte de meu crescimento e desenvolvimento. Gosto muito de escrever desde criança. Escrevia páginas de diário, cartas para amigos e parentes, poemas, enfim... amava escrever, daí a escolha em ser professora.
Ler é um sonho! Amo o envolvimento que a leitura oferece e sempre que leio me imagino dentro da história escolhida. Dependendo da situação até me emociono como se o acontecido fosse comigo.
Leitura nos fortalece, amplia nossos conhecimentos e ainda nos faz sonhar. Quanta coisa boa tem para nos proporcionar e ainda tem quem se recusa a experimentar...
O professor que lê desperta o interesse de seu aluno, caso contrário ele não terá vontade nunca, a não ser que traga o gosto pela leitura de casa.  
A série Vagalume é um encanto. Amo trabalhar com ela, sem contar que os alunos gostam bastante. Porém, temos uma lista a perder de vista de livros que são muito interessantes.
Procuro levar livros para a sala bimestralmente e depois cobro em forma de seminários, roda de discussões ou mesmo ficha literária. Os alunos gostam, pois é uma maneira de mostrarem que realmente leram a obra indicada, mas às vezes deixo a escolha livre.
Para concluir, acredito que mesmo com tanta tecnologia a leitura e a escrita jamais serão substituídas.

Depoimento da Márcia Cristina: 

Olá não me lembro muito bem de quando comecei ler. O que me lembro é que  meu pai sempre comprava gibis. Tinha um pouco de dificuldades em entender as histórias. O que eu acho engraçado, é que eu tenho uma filha de 6 anos e que está passando também por estes momentos. O que eu percebo  é que ela quer tanto ler, que acaba tudo ficando sem sentido. acaba atropelando pontuações, frases, etc, como eu fazia. Mas, falando das minhas experiências o que me recordo, é da série Vaga Lume, lia todos eles bem rapidinho e ficava na expectativa do próximo. Tive uma professora de português que incentivava muito a leitura, me lembro, quando estava na 8ª série ela apareceu com uma revista do " Circulo do Livro ". Enchi tanto meus pais até eles aceitarem que eu me associasse. Fiquei sócia , acho que por mais de dez anos, depois desse tempo, com a correria do dia a dia, fui deixando um pouco de ler, até que os livros começaram a se acumular sem que eu os tivesse lido, e fui parando de comprar. Agora não tenho muito tempo para leitura, sinto falta, mas sempre que dá um tempinho, paro para ler, mesmo que seja um gibi.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Curiosidade: A importância da leitura


CURIOSIDADE: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

 

Texto retirado da Revista “EDUCAR PARA CRESCER”: Redação Educar

 

 

      Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. "Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores", diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP).

      A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras.

      Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos seus filhos. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children's Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivalem a 50 mil dólares a mais na sua futura renda.

      Então, o que está esperando? Estimule seu filho a embarcar na aventura que só o bom leitor conhece.

                                                               Pesquisa feita por: Maria Aparecida Ribeiro Barbará (cursista)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Benefícios da leitura


  • A leitura dá ânimo,
  •  acalma,
  •  faz sair da rotina mental
  •  e enxergar as situações por outras janelas

APRESENTAÇÃO

PRÁTICAS E LEITURAS NO CONTEXTO DIGITAL
É uma curso que faz parte de um programa de formação continuada para professores PEB II de todas as áreas e disciplinas. O programa Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade pretende ampliar a formação dos participantes para que possam tomar parte de forma mais efetiva nas práticas atuais que envolvem a leitura e a escrita em diversos contextos, situações, suportes e mídias, uma das exigências para uma participação mais efetiva, letrada e cidadã na sociedade.
A primeira versão do Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade foi elaborada pela PUC-SP, a partir de uma demanda da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP) e contou com a participação de professores de todas as áreas do currículo. Nesta segunda versão, apresenta-se reformulado para contemplar as sugestões feitas pelos cursistas concluintes da primeira versão e para estar em sintonia com o momento presente em que é novamente oferecido à rede pública estadual.
A ideia do curso é refletir e exercer, com os educadores em formação, práticas de leitura e escrita em ambientes digitais interativos. A partir dessas vivências, pretende-se trabalhar com diferentes abordagens de circulação, compreensão e produção de textos - em diferentes gêneros, modalidades e linguagens - nas salas de aula da rede pública estadual.

Esse Blog faz parte do Módulo 2, no qual em grupos, temos que criar um Blog e postar textos coletivamente.

Acessem e Divirtam-se!

A TROCA (Lygia Bojunga Nunes)


Para mim, livro é vida; desde muito pequena os livros me deram casa e comida. 

Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé fazia parede; deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.


E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro prá brincar de morar em livro.

De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar prás paredes).
Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.


Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras.
E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas.
Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; 

e de barriga assim cheia me levava prá morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, 
era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que 

- no meu jeito de ver as coisas - é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei de um dia alargar a troca: comecei a fabricar tijolo prá - em algum lugar - uma criança juntar com outros e levantar a casa onde ela vai morar.


                                                                                                                                   Lygia Bojunga Nunes.