quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Depoimentos de leitura e escrita

 No módulo 2 do curso Leitura e Escrita em contexto digital relatamos nossas experiências com a leitura. Segue abaixo os depoimentos de cada integrante do grupo:

Depoimento da Margarete:

Minha experiência com a leitura se deu muito cedo. Lembro-me que ainda não frequentava a escola. Minha família participava muito de grupos de oração e, com esta prática, aprendi a ler. Lia as orações para as pessoas que frequentavam o grupo. Adorava quando me pediam para ler.
Depois com a entrada na escola vieram os livros didáticos. O primeiro foi a cartilha "Caminho Suave". A escola não tinha uma biblioteca organizada ou muito equipada, mas tinha alguns livros que podíamos pegar para ler.
Quando iniciei a 5ª série, pude ter mais acesso aos livros. Até porque a professora fazia as indicações e, às vezes, tinha que comprar alguns livros. A primeira indicação nesta série foi "A Ilha Perdida", série Vaga Lume. Depois, as estórias de Monteiro Lobato.
Naquela época, admito que não tinha muito gosto pela leitura, porque não gostava das atividades impostas. Gostava de qualquer leitura, menos daquelas que o professor pedia.
Hoje leio tudo que estiver ao meu alcance e faço isto com muito prazer. Concordo que, quanto maior for o tempo dedicado a leitura, o nível vocabular amplia. Viajamos com a história do livro. Conseguimos respostas para muitas situações que nos permeiam. A leitura dá ânimo, acalma, faz sair da rotina mental e enxergar as situações por outras janelas.
Não há idade para despertar para a leitura. A exemplo temos o depoimento de Clair Feliz Regina que, aos 80 anos (véspera da aposentaria), descobriu o prazer pela poesia e uma mudança ocorreu em sua vida.

Depoimento da Maria de Lurdes:

Meu primeiro contato com a leitura foi com a cartilha Caminho Suave, embora não seja um livro literário e sim uma cartilha de alfabetização, me encantava e fazia sonhar. São inesquecíveis as historinhas do P da pata, o C da casa e o Z de zabumba. Gostava muito de repetir as historinhas, lia na escola e em casa, meus irmãos ficavam repetindo comigo.
O primeiro livro que li foi Os Três Porquinhos, não me esqueço do lobo mau, personagem que me acompanhou por um longo tempo como se fosse real. Eu tinha medo que o lobo viesse assoprar a minha casa e ela desmoronasse. 
Com essa experiência ficou claro para mim que a leitura é necessária para todos, mas tem que ser trabalhada para que seja absorvida de forma construtiva.
Hoje, depois de várias experiências, tenho para mim que a leitura faz diferença para aqueles que dedicam parte do seu tempo com leituras diversificadas. Por isso, incentivo meus alunos a lerem e a serem críticos quando fizerem alguma leitura.

Depoimento da Carina:

Acho que fui uma criança privilegiada. Lembro-me como se fosse hoje, morávamos numa casa de madeira de três cômodos nos fundos da casa dos meus avós, meus pais eram pobres e viviam para trabalhar, não me lembro deles lendo um livro e nem mesmo nos contando um história ( a mim e a minha irmã, três anos mais nova), tempos difíceis... Na frente da minha casa, morava uma família que tinha uma vida boa...rs, eram três irmãs: Graziela, Patrícia e Juliana, a mais nova era minha melhor amiga, tínhamos a mesma idade e estudávamos na mesma sala. Minha experiência de Leitura partiu dessa amizade, a irmã dela, Patrícia, reunia todas as crianças da rua em frente a casa dela (eram muitas crianças naquela rua!) e dia sim, dia não, contava-nos muitas e muitas histórias... ficávamos horas lá, e ela dramatizava e lia, lia... chapeuzinho vermelho, cinderela etc, muitas eram as histórias que ela contava e com certeza ficaram para sempre guardadas dentro de mim e foram essas histórias que me fizeram amar tanto a Leitura!


Depoimento da Maria Aparecida:

Falando um pouquinho mais sobre o assunto, considero que leitura e escrita são palavras que dizem tudo, pois o que seria da humanidade sem elas?!
Por mais simples que pareça a leitura escolhida, o importante é estar em contato com ela. Já a escrita tem uma longa história e proporciona uma forma de comunicação também.
Não recordo como foi meu primeiro contato com as duas, só sei que sempre fizeram parte de meu crescimento e desenvolvimento. Gosto muito de escrever desde criança. Escrevia páginas de diário, cartas para amigos e parentes, poemas, enfim... amava escrever, daí a escolha em ser professora.
Ler é um sonho! Amo o envolvimento que a leitura oferece e sempre que leio me imagino dentro da história escolhida. Dependendo da situação até me emociono como se o acontecido fosse comigo.
Leitura nos fortalece, amplia nossos conhecimentos e ainda nos faz sonhar. Quanta coisa boa tem para nos proporcionar e ainda tem quem se recusa a experimentar...
O professor que lê desperta o interesse de seu aluno, caso contrário ele não terá vontade nunca, a não ser que traga o gosto pela leitura de casa.  
A série Vagalume é um encanto. Amo trabalhar com ela, sem contar que os alunos gostam bastante. Porém, temos uma lista a perder de vista de livros que são muito interessantes.
Procuro levar livros para a sala bimestralmente e depois cobro em forma de seminários, roda de discussões ou mesmo ficha literária. Os alunos gostam, pois é uma maneira de mostrarem que realmente leram a obra indicada, mas às vezes deixo a escolha livre.
Para concluir, acredito que mesmo com tanta tecnologia a leitura e a escrita jamais serão substituídas.

Depoimento da Márcia Cristina: 

Olá não me lembro muito bem de quando comecei ler. O que me lembro é que  meu pai sempre comprava gibis. Tinha um pouco de dificuldades em entender as histórias. O que eu acho engraçado, é que eu tenho uma filha de 6 anos e que está passando também por estes momentos. O que eu percebo  é que ela quer tanto ler, que acaba tudo ficando sem sentido. acaba atropelando pontuações, frases, etc, como eu fazia. Mas, falando das minhas experiências o que me recordo, é da série Vaga Lume, lia todos eles bem rapidinho e ficava na expectativa do próximo. Tive uma professora de português que incentivava muito a leitura, me lembro, quando estava na 8ª série ela apareceu com uma revista do " Circulo do Livro ". Enchi tanto meus pais até eles aceitarem que eu me associasse. Fiquei sócia , acho que por mais de dez anos, depois desse tempo, com a correria do dia a dia, fui deixando um pouco de ler, até que os livros começaram a se acumular sem que eu os tivesse lido, e fui parando de comprar. Agora não tenho muito tempo para leitura, sinto falta, mas sempre que dá um tempinho, paro para ler, mesmo que seja um gibi.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Curiosidade: A importância da leitura


CURIOSIDADE: A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

 

Texto retirado da Revista “EDUCAR PARA CRESCER”: Redação Educar

 

 

      Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. "Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores", diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP).

      A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras.

      Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos seus filhos. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children's Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivalem a 50 mil dólares a mais na sua futura renda.

      Então, o que está esperando? Estimule seu filho a embarcar na aventura que só o bom leitor conhece.

                                                               Pesquisa feita por: Maria Aparecida Ribeiro Barbará (cursista)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Benefícios da leitura


  • A leitura dá ânimo,
  •  acalma,
  •  faz sair da rotina mental
  •  e enxergar as situações por outras janelas

APRESENTAÇÃO

PRÁTICAS E LEITURAS NO CONTEXTO DIGITAL
É uma curso que faz parte de um programa de formação continuada para professores PEB II de todas as áreas e disciplinas. O programa Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade pretende ampliar a formação dos participantes para que possam tomar parte de forma mais efetiva nas práticas atuais que envolvem a leitura e a escrita em diversos contextos, situações, suportes e mídias, uma das exigências para uma participação mais efetiva, letrada e cidadã na sociedade.
A primeira versão do Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade foi elaborada pela PUC-SP, a partir de uma demanda da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP) e contou com a participação de professores de todas as áreas do currículo. Nesta segunda versão, apresenta-se reformulado para contemplar as sugestões feitas pelos cursistas concluintes da primeira versão e para estar em sintonia com o momento presente em que é novamente oferecido à rede pública estadual.
A ideia do curso é refletir e exercer, com os educadores em formação, práticas de leitura e escrita em ambientes digitais interativos. A partir dessas vivências, pretende-se trabalhar com diferentes abordagens de circulação, compreensão e produção de textos - em diferentes gêneros, modalidades e linguagens - nas salas de aula da rede pública estadual.

Esse Blog faz parte do Módulo 2, no qual em grupos, temos que criar um Blog e postar textos coletivamente.

Acessem e Divirtam-se!

A TROCA (Lygia Bojunga Nunes)


Para mim, livro é vida; desde muito pequena os livros me deram casa e comida. 

Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé fazia parede; deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.


E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro prá brincar de morar em livro.

De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar prás paredes).
Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.


Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras.
E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas.
Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; 

e de barriga assim cheia me levava prá morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, 
era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que 

- no meu jeito de ver as coisas - é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei de um dia alargar a troca: comecei a fabricar tijolo prá - em algum lugar - uma criança juntar com outros e levantar a casa onde ela vai morar.


                                                                                                                                   Lygia Bojunga Nunes.